Pioneira na produção de alimentos orgânicos
A Fazenda Tamanduá está situada no Município de Santa Teresinha, próximo a cidade de Patos, Estado da Paraíba no Nordeste do Brasil. No sertão das Espinharas, a fazenda encontra-se a 7° Sul da linha do Equador, a 400 km do litoral e do ponto mais oriental do continente sul americano, a uma altitude média de 240 metros. O seu clima é característico das regiões tropicais semi-áridas, com chuvas anuais médias de 800 mm, concentradas num curto período de 2 a 4 meses, seguidas por um longo período de estiagem, que pode durar de 8 a 12 meses. Ciclos de secas assolam periodicamente esta região provocando miséria, êxodo rural e violência. As mudanças climáticas globais provocaram uma diminuição sensível das precipitações nestes últimos anos.
Como em todo os 800.000 km2 do Nordeste brasileiro, a caatinga é a vegetação natural que predomina. A palavra "caatinga" vem da língua Tupi, formada pelas duas palavras caa (mato, vegetação.) e tinga (branco). Trata-se de um conjunto de formações arbóreo-arbustivas, xerófilas, lenhosas e decíduas, comumente espinhosas. A presença de uma imponente formação rochosa, típica do sertão, o "inselberg" denominado Serrote Tamanduá, originou o nome da Fazenda. O tamanduá (tamanduá tetradactyla), mamífero de porte médio, antigamente comum na região, encontra-se hoje em via de extinção por causa da caça. Desde 1977 a Fazenda Tamanduá pertence a Mocó Agropecuária Ltda. A palavra "mocó", que deu origem ao nome da empresa, veio da variedade de algodão arbóreo de fibra longa que chegou a ser cultivado de 1977 até 1984.
Pioneira no setor orgânico e biodinâmico, mas com recursos hídricos limitados, a Fazenda Tamanduá depende das estações e principalmente das chuvas irregulares que castigam periodicamente o Nordeste. Por esta razão nem sempre podemos oferecer a gama completa dos nossos produtos.
Organismo Agrícola
Na visão de Rudolf Steiner, fundador dos princípios da Agricultura Biodinâmica em 1924, uma Fazenda tem que ser vista como um todo integrado, um organismo vivo em sua essência, um organismo agrícola.
Como um ser humano, este organismo possui diversos órgãos que interferem entre si e que não podem viver sem esta interação. A presença do animal no vegetal é impreterível, tudo sendo manejado de forma dinâmica para trazer e apoiar a saúde e o bem-estar de todos.
O papel do agropecuarista biodinâmico é de ajudar a desenvolver uma compreensão íntima de cada elemento da fazenda bem como o seu potencial criativo. Ele se esforça para ser autossustentável e autossuficiente, aproveitando os fluxos de energia a partir do sol, da chuva e do vento. Ele utiliza os preparados biodinâmicos, que de maneira homeopática ajudam a vida do organismo agrícola.
Na prática da Fazenda Tamanduá isso implica em primeiro lugar a diversificação das atividades, fugindo da monocultura.
Um dos nossos ciclos mais importantes é, por exemplo, o do composto: as abelhas polinizam as mangueiras, o sorgo e a moringa bem como as inúmeras gramíneas e leguminosas formando as pastagens. A poda das mangueiras é triturada e entra como fonte de carbono no composto misturado com o esterco das vacas e dos caprinos. Preparados biodinâmicos são utilizados, e as pilhas são reviradas e molhadas para ter uma decomposição perfeita.
Após 60 dias o composto está pronto. Ele contém todos os elementos necessários à fertilização dos solos (nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio e carbono) e é diretamente utilizado para a adubação das próprias mangueiras ou outras culturas. Mas o grande diferencial em relação a adubos químicos é que traz matéria orgânica para o solo melhorando a textura dos solos a cada aplicação.
Linha do Tempo
1977 | Aquisição da Fazenda Tamanduá
1977 | Início da criação de cabras
1978 | Início da produção de algodão
1979 | Importação de matrizes de Gado Pardo Suíço da Suíça
1985 | Fim da produção de algodão
1990 | Início da produção de manga
1995 | Início da produção de queijos
1998 | Início da produção de mel
2000 | Certificação Orgânica
2000 | Fazenda Tamanduá tombada como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
2002 | Certificação Biodinâmica
2007 | Início da produção de spirulina
2010 | Início da produção de arroz
2019 | Fim da produção de queijos
A Cruz
Apesar dos seus 300 hectares, a Fazenda Tamanduá, como muitas propriedades do sertão situadas no semiárido nordestino, tem uma imensa limitação: a sua capacidade de estocagem de água. Os vários açudes da Fazenda, lagos formados por barragens geralmente de terra, representam menos de 5 milhões de metros cúbicos de água armazenada. As mudanças climáticas provocam chuvas irregulares, a tal ponto que não vimos todas as barragens cheias e transbordando desde 2014.
Percebendo que as culturas irrigadas de ciclo curto como cucurbitáceas ou longo como fruteiras, principalmente mangueiras, representavam a melhor solução para garantir uma renda durante o ano todo e não somente durante a curta estação chuvosa, começamos a procurar propriedades próximas que pudessem dispor de água de maneira perene.
A Fazenda Cruz, situada a poucos quilômetros de Patos na direção de Teixeira, beira o Rio da Cruz, perenizada pela água chegando do açude estadual de Capoeira, se mostrou uma bela oportunidade. Terras planas de aluvião férteis garantiam um futuro encantador.
Só que pouco tempo da aquisição desta terra de 300 hectares, com 90 de baixios perfeitos, o estado resolveu cortar a água liberada do açude, matando vários pequenos irrigantes implantados por um projeto pioneiro municipal para criar um cinturão verde para a cidade de Patos. Hoje certificada biodinâmica, a Fazenda Cruz é utilizada para pastagem do gado solteiro, o plantio de sorgo forrageiro e moringa oleífera, além do plantio de melões e melancias quando tem água no rio.
A Serra Branca
A corrida para água voltou com a pressão dos ciclos de secas. Encontramos assim na beira do açude dos Cegos, no município de Catingueira, distante 30 quilômetros, vários pedacinhos de terra que adquirimos a partir de 1998, completando 20 hectares. De topografia ondulada, mas de solos bons, foi instalado um sistema de irrigação, aspersão e localizada.
Lá, planta-se sorgo forrageiro durante as chuvas e enraizamos 7 hectares de palma forrageira ambos para alimentar o gado. Mas o mais importante é a implantação de 7 hectares de mangueiras da variedade Keitt, num plantio adensado, irrigado, aumentando consideravelmente a nossa produção de mangas.
Linha do Tempo
1977 | Aquisição da Fazenda Tamanduá
1977 | Início da criação de cabras
1978 | Início da produção de algodão
1979 | Importação de matrizes de Gado Pardo Suíço da Suíça
1985 | Fim da produção de algodão
1990 | Início da produção de manga
1995 | Início da produção de queijos
1998 | Início da produção de mel
2000 | Certificação Orgânica
2000 | Fazenda Tamanduá tombada como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
2002 | Certificação Biodinâmica
2007 | Início da produção de spirulina
2010 | Início da produção de arroz
2019 | Fim da produção de queijos
Descubra a Fazenda Tamanduá em nosso mapa
CULTIVO DE MANGA
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